Esporte, tecnologia, competitividade e muita diversão, as mulheres da era hi-tech chegaram para ganhar e mostram que entendem das quatro linhas. E não estou
falando apenas de gol ou impedimento. Os assuntos aqui são táticas e
conhecimentos técnicos sobre futebol.
Cada vez mais
famosos no âmbito futebolístico, os fantasy games – jogos que simulam partidas
de futebol, seja como jogador ou como técnico - vêm agora conquistando o
público feminino.
Qual o
apaixonado por futebol e usuário de Internet, nunca ouviu falar no Cartola FC?
O joguinho
funciona de acordo com as atuações dos jogadores reais, que disputam o
campeonato brasileiro. A função dos usuários é escalá-los em suas posições, de
forma mista, criando assim o seu próprio time.
No início, o
game era basicamente composto por meninos que eram aficionados por esquemas
táticos e buscavam ganhar prêmios com o seu, digamos, conhecimento. De uns anos
pra cá, o Cartola passou a ter seu espaço dividido também com as meninas, que,
por sinal, mandam muito bem.
Marcella
Corrêa de 20 anos, é apaixonada por futebol e não abre mão das estrelas do
Brasileirão na hora de escalar o Cella FC, seu time no Cartola.
“Não importa
contra quem o os times joguem, eu nunca me esqueço do Dedé, do Juninho e do
Diego Souza. Gosto do meu time sempre atacando e com um paredão na defesa”,
disse.
Marcella é adepta do estilo 4-3-3, onde o time defende com os zagueiros
e laterais, e ataca com três meias e três atacantes. E é com essa formação
tática que o seu time vêm conquistando boas pontuações rodada a rodada e
subindo no ranking nacional e nas ligas privadas da qual participa.
Já Gabriella
Duarte, 27, prefere utilizar todo o seu poder de estratégia no Futebol Manager,
mais conhecido como FM. Atualizado ano a ano, o FM simula o dia a dia de um
técnico de futebol, que ao mesmo tempo, possui poderes de dirigente, negociando
jogadores, criando vínculos e escalando o time para a hora da partida.
Como o
Manager necessita ser instalado no computador para ser utilizado e seus
gráficos são bem pesados, jogá-lo demanda um pouco mais de tempo do usuário, o
que têm dificultado a prática de Gabriella, estudante de biblioteconomia.
“Ultimamente está meio complicado jogar. Estou
em final de período e o tempo anda bem curto, mas sempre que posso, jogo um
pouquinho de FM para conquistar mais alguns títulos com o meu time de coração”,
disse.
Outros dois
games que fazem a cabeça das meninas são o FIFA e o Pro Evolution Soccer. Ambos
tem o mesmo esquema de jogabilidade: o usuário controla jogador por jogador
através de um controle, se jogar no videogame, ou pelo teclado, no caso de
jogar no computador.
Fernanda
Pereira, de 22 anos costuma desafiar seu irmão, Felipe e seu amigo Cássio para
umas partidas no fim de semana. Segundo ela, os meninos só a vencem de vez em
quando porque escolhem times mais fortes que o dela, que não abre mão de jogar
com o time que torce.
“Raramente deixo de escolher o Flamengo para jogar. Só
quando disputamos um campeonato europeu ou um torneio de seleções, é que eu
escolho o Brasil ou outro clube qualquer que seja forte, na maioria das vezes é
o Barcelona, por causa do Messi”, contou a estudante de Administração da CEFET.
De acordo com
ela, foi-se o tempo em que só os homens jogavam e ganhavam nos jogos que
envolvem futebol. Na sua opinião, as mulheres querem e podem ser melhores que
os homens até mesmo nas quatro linhas, e tudo isso começou com o crescimento do
esporte feminino no Brasil e no mundo.
Muitos outros
jogos ainda estão buscando seu espaço, como o Chute Certo, do canal SPORTV e o
Hat-Trick e, em breve, estaremos ouvindo falar deles mais abertamente pelas
meninas, que certamente vão “invadir” também esses games.
Avante meninas!
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